quarta-feira, 10 de março de 2010

O PECADO ORIGINAL - Abrahão Pedro - Ilha Comprida

O PECADO ORIGINAL

A escolha do tema tem fundamento importante porque nos foi dado a conhecer como “pecado original” aquele com o qual todas as pessoas, sem mais nem porque, já nascem.

Quase todos nós, para não dizer todos, já nos fizemos a pergunta: por que temos que ter pecado mesmo antes de nascermos ???

Algumas religiões pretendem nos fazer crer que somos tão pecadores a ponto de já pecarmos desde antes do nascimento. Assim, devemos pedir perdão a seus próceres desde a mais tenra idade, sem nem saber o porquê.

Outras pretendem relacionar o pecado original ao sexo. Sublimam a eventual virgindade de Maria, mãe da carne de Jesus, colocando num patamar de inferioridade e desvalorizando nossas companheiras, nossas mães e todas as mulheres, verdadeiras guerreiras que passam a vida numa árdua labuta, trabalhando com todas as dificuldades para o engrandecimento de sua família.

Sou partidário da teoria do criacionismo, aquela que diz que Deus criou o universo, a terra e tudo que neles existe. Criou ainda todos os seres vivos, a vida propriamente dita e o ser humano ao qual atribuiu capacidade de raciocínio, da qual a humanidade se orgulha e por isso se considera ser superior mas, a ver pelas atitudes humanas pelo mundo, tenho sérias dúvidas se a esta capacidade de raciocínio devemos chamar de inteligência ou de bestialidade.

Tenho dúvidas se, ao dotar o ser humano desta capacidade de raciocínio, o Pai pretendeu enaltecê-lo ou apoucá-lo.

Descarto a existência de um demiurgo pois creio que o Pai não só organizou o universo mas também e principalmente criou tudo que nele existe.

A grandiosidade da criação divina me faz entender, que as coisas de Deus não são para serem compreendidas pelo homem. Acredito que algumas coisas o Senhor nos consente compreender, umas a uns, outras a outros, não sempre as mesmas coisas para todas as pessoas. Creio que, das coisas que o Pai nos consente compreender, delas devemos falar à exaustão e nas coisas que o Pai não nos consente compreender, nelas devemos inexoravelmente crer.

Quando Deus colocou o homem na terra, e aqui cada um com sua crença entenda pela simbologia de Adão e Eva ou que por alguma outra forma tenha criado a humanidade -- não Importa -- a verdadeira forma é coisa Dele que talvez, se conseguíssemos compreender o processo, seríamos nós o próprio Deus. A humanidade criada, Deus a colocou para viver, nesta sim que é a maior de suas criações, a natureza, o paraíso.

Ocorre que o homem, admirado com a grandiosidade da natureza e se utilizando de sua capacidade de pensar, passou a mexer na grande criação divina, passou a querer alterar a grande criação do Pai, passou a querer compreender todas as coisas de Deus, a se compreender maior que o próprio Deus até se considerar o próprio Deus, negando então sua existência.

Neste momento, a grande e perfeita criação do Pai, criada para existir no mais absoluto equilíbrio, em função das alterações provocadas pelo homem, teve que se reequilibrar e a cada reequilíbrio castiga o homem porque altera as condições às quais o homem vinha acostumado a viver, ocorrendo situações de compensações de maior intensidade que provocaram e provocam, por exemplo, as inundações como a da época de Noé e como as violentas mudanças de lugares e de características dos oceanos.

O verdadeiro pecado original é a terrível conseqüência que as pessoas que nascem hoje, sem qualquer culpa e nenhuma contribuição, sofrem em função do comportamento da própria humanidade que ao longo de anos e até de milênios, vem mexendo e alterando a suprema criação do Pai, se entendendo conhecedor, através da ciência, de todos os fenômenos naturais e fazendo com que suas conseqüências tragam doenças diferentes a cada dia, alterações climáticas que o organismo humano não suporta, o aparecimento a cada dia de mais e mais microorganismos, vírus e bactérias que tiram a vida lentamente e que podem exterminar a humanidade como já aconteceu de outras vezes.

Prezado leitor, falo com a autoridade de pregador da palavra do Pai sem entretanto pretender convencer qualquer um de vós. Aquele que quiser ouvir, que ouça. Aquele que quiser crer, que creia. Aquele que quiser descartar, que descarte.

Falo, para não ser como o servo infiel, aquele ao qual o Senhor Jesus se referiu em seu evangelho, que por não multiplicar os talentos que seu senhor lhe entregou para guarda, devolvendo exatamente aquilo que recebeu, foi amaldiçoado e por isso tudo lhe foi subtraído, até o que não tinha lhe foi tirado.

Falo porque esta é a mais pura palavra do Pai e como disse Paulo na carta que escreveu aos Hebreus, a palavra de Deus, quando lançada, não torna vazia, é viva e eficaz, é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir a alma do espírito, as juntas das medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração e até os que a descartam nela meditam e sobre ela confabulam.

Por ser assim, pelo assunto se caracterizar por polêmicas que podem ser bastante construtivas e elucidativas, coloco-me à disposição de todos, através do email no final do texto, para receber as idéias e perguntas que incitam a cada um, quaisquer que sejam suas naturezas, sempre com o maior interesse e respeito.

Abrahão Pedro
Por profissão é Engenheiro Civil e Corretor de Imóveis.
Por paixão e por compromisso é amante da filosofia e da teologia e pregador da palavra do Grande Mestre Jesus Cristo.

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