EFICIÊNCIA - Abrahão Pedro - Ilha Comprida

A EFICIÊNCIA NAS OBRAS PÚBLICAS

As autoridades constituídas precisam compreender que não são patrões do povo mas que, muito ao contrário, são funcionários do povo, a quem deveriam servir, reverenciar e respeitar como patrão e trabalhar única e exclusivamente pelo seu benefício, em troca da já robusta remuneração com a qual são contemplados.

O sistema de governo em nosso país é a DEMOCRACIA, que é definida como sendo o governo do povo, para o povo e pelo povo, que por isso, privilegia sua soberania.

Assim, o povo elege seus governantes para que, em seu nome, gerenciem os recursos do erário.

Tal gestão deve ser criteriosa e visar sempre o bem estar da população, tendo em vista que os recursos geridos pertencem, em sua totalidade, ao povo soberano.

É importante que se refute com veemência a nefasta cultura dominante dentre grande parte das autoridades constituídas, pela qual se consideram patrões do povo, se colocando acima da lei e do próprio povo, quando em verdade são funcionários do povo a quem deveriam servir, reverenciar e respeitar como patrão e trabalhar única e exclusivamente pelo seu benefício, em troca da já robusta remuneração com a qual são contemplados.

Esta inversão de valores é absolutamente inadmissível no regime democrático.

Ainda, o fundamento mor da democracia é o respeito e a OBEDIÊNCIA À LEI, por absolutamente todas as pessoas, inclusive e principalmente as autoridades constituídas.

É comum as autoridades se colocarem acima das leis e agirem ao arrepio delas, justificando a ação como sendo para o benefício do povo.
Esta prática é muito perigosa para a democracia porque traz consequências infaustas visto que ficam de lado os limites que, pela própria natureza do ser humano, vão sendo transpostos gradativamente e depois rapidamente, numa escalada exponencial, até que a autoridade perca a noção do que faz, sempre justificando as infrações das leis pelo benefício do povo, entretanto completamente cega ao mal que está causando.

Este tipo de ação é própria de IMPERADORES ou de TIRANOS !!!

Dentre as diversas atividades para gestão dos recursos públicos, do povo, estão as obras públicas.

Tais obras devem ser concebidas visando as reais necessidades da população, priorizando dentro do mais absoluto conceito de prioridade, que só se consegue pesquisando e conhecendo os verdadeiros anseios da comunidade e estando verdadeiramente determinado e com muita vontade política de realizar.

Após a criteriosa concepção, o próximo passo é a licitação, que deve ser desenvolvida dentro do mais absoluto espírito da transparência, da eficiência, da seriedade e da franqueza, com farta publicidade, para que a comunidade visualize claramente o andamento do processo e seus desdobramentos e para que a obra seja contratada com o melhor custo/benefício.

Neste momento, não basta o cumprimento da lei, é preciso ir muito além, sem subterfúgios para que, a despeito do cumprimento da lei, se evite que a comunidade ainda deixe de ter clara visão do que acontece e a contratação seja lesiva aos cofres públicos.

Depois, a execução da obra deve ser acompanhada com bastante rigor, de tal sorte que inexistam termos aditivos com acréscimos de custos, fazendo com que a obra custe muitas vezes mais do que o previsto, do que o razoável e do que o real.

Para finalizar, a obra pronta deve atender perfeitamente os anseios da população, funcionando perfeitamente, atendendo de modo cabal todas as finalidades para as quais foi concebida.