terça-feira, 14 de junho de 2016

ECONOMIA - 3ª. Entrevista ao Jornal Notícias da Ilha


Abrahão Pedro
Abrahão José Pedro Neto tem 63 anos.
É Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
É Corretor de Imóveis e Jornalista.
Por paixão e por compromisso é amante da Filosofia e da Teologia bem como Seguidor e Pregador da Palavra do Grande Mestre Jesus Cristo

1- Como o senhor avalia o atual momento e pretende desenvolver a economia do município?
Desde a emancipação do município, Ilha Comprida não tem empregos, disponibilizando alguns poucos informais. É uma cidade de um único empregador, a Prefeitura, fazendo com que pessoas de grande potencial, que fazem um esforço sobre humano para terem formação, se vejam na situação de trabalhar na administração municipal, administrando o contencioso, nada produzindo para seu próprio engrandecimento profissional tampouco pessoal. Sem plano de carreira e portanto sem perspectivas, vendo seu mérito desconsiderado, tendo que enfrentar a concorrência desleal nas promoções que quase sempre desconsideram o mérito e privilegiam os “amigos do chefe”.
Além da falta de empregos o município tenta desenvolver o turismo de forma inadequada, que não traz benefícios econômicos à população. Não temos atividades para o turista no inverno ou em dias de chuvas que não sejam pontuais. São necessárias atividades perenes para que o turista possa escolher entre esta ou aquela.
O município carece também de uma atividade identificadora em torno da qual poderiam ser desenvolvidas diversas atividades para incrementar a economia.
A construção civil, grande motora da economia, está seriamente abalada em função de questões ambientais não resolvidas nos quase 24 anos que a administração governa a cidade.
Há que se desenvolver no município atividades industriais não poluentes que gerem empregos perenes e não apenas temporários.
Aqui, apontamos problemas e, nas respostas a seguir, estaremos apontando as soluções.

2- Evidentemente não se pode falar em economia sem falar em geração de trabalho, emprego e renda. Qual a sua ideia sobre esse tema?
Para incrementar a economia precisamos desenvolver o turismo; criar uma identificação do município para que, em torno dela, possamos criar muitas atividades; acelerar o processo licenciador da construção civil e criar indústrias não poluentes.

3- Na sua opinião, quais os principais setores responsáveis por movimentar a economia local e qual a principal proposta para cada um destes setores?
Turismo: Evidentemente que a atração primeira para o turista da Ilha é o mar. Entretanto, para mantê-lo mais tempo em nosso município, precisamos ter atividades perenes e não apenas pontuais, para o inverno e para dias de chuva. Entendemos que a administração municipal não deve ser a operadora dessas atividades mas sim empresas particulares ainda que, num primeiro momento, para ser dado o “start” na atividade, seja necessário subsídio temporário do município. Assim, devemos disponibilizar ginásios de esportes para prática esportiva, trilhas, passeios à cavalo, etc.
Identificação: Precisamos de algo que identifique nosso município como, por exemplo, o siri-mole. O turismo para conhecer essa atividade, para apresentar ao turista a fecundação, a geração, o desenvolvimento e o consumo final pode atrair muitas pessoas, inclusive para o importante comércio que gera a atividade. Assim é que a cidade de Ibitinga-SP é conhecida como a Capital Nacional do Bordado e Gramado-RS é identificada com fábrica de chocolates.
O Siri Mole foi apenas um exemplo. Precisamos estudar e escolher a identificação mais adequada.
Construção civil: Há que haver uma aceleração do processo de licenciamentos que deverá ser feito através de nosso projeto GAUR (Gestão Ambiental Unificada e Restabelecimento de Matrículas Imobiliárias) já mencionado em entrevista anterior e que pode ser melhor conhecido acessando: http://abrahaopedro.blogspot.com.br/2014/09/gaur.html
Indústrias: Ilha Comprida pode sim ser contemplada com indústrias não poluentes como confecções e embalagens de produtos acabados. É verdade que estamos num lugar geograficamente desfavorável mas que não inviabiliza economicamente o desenvolvimento destas e de outras atividades. A reciclagem do lixo coletado e a industrialização do lixo orgânico separado também precisa ser fortemente considerada.
Salientamos que algumas das propostas que apresentamos aqui estão sendo devidamente estudadas com a população e a equipe que prepara nosso programa de governo e estarão, no momento oportuno, apresentadas de modo definitivo em nosso caderno Ilha Comprida Merece Mais, Muito Mais !!!

4- A informalidade historicamente é um dos grandes problemas do mercado de trabalho local. Como atender patrões e empregados?
É evidente que a informalidade é conseqüência do baixo desenvolvimento da economia. Estando incrementada da forma como sugerimos, normalmente os empregos passarão a ser formais. Na verdade ninguém quer trabalhar na informalidade, nem patrões nem empregados. Fazem, em função do baixo faturamento e também em função da falta de alternativa para o funcionário de encontrar emprego melhor.

5- O empreendedorismo, o cooperativismo e o associativismo são apontados como caminhos econômicos do futuro. Qual o seu pensamento a respeito desse tema?
O empreendedorismo é fundamental para o desenvolvimento das atividades turísticas e industriais supra referidas. O cooperativismo, muito importante na separação e destinação do lixo coletado bem como na atividade extrativista sustentável. O associativismo é importante em todas as atividades comerciais e de serviços porque permite a soma de conhecimento e de tecnologia, dando mais viabilidade ao empreendimento.

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